A incapacidade dos idosos para desenvolver suas atividades da vida diária (AVD) manifesta-se por declínio das funções de diversos órgãos e sistemas, ao longo dos anos de vida. As alterações podem ocorrer em vários aspectos como: biológicos, fisiológicos, psicológicos e sociais. Tal fato demonstra a complexidade do processo de envelhecimento.
Dentre as alterações fisiológicas inevitáveis e progressivas que acometem os idosos, podemos citar a redução da força muscular, da mobilidade, da flexibilidade, da resistência aeróbia, das capacidades físicas e cognitivas que comprometem o desempenho motor nas AVD que influenciam diretamente no controle neumoromotor do idoso.
Uma vida ativa se faz necessária para a manutenção da capacidade e funcionalidade do idoso na realização das AVD. Sendo assim, os programas de exercícios físicos para idosos devem abranger as capacidades físicas, como resistência aeróbia, força, flexibilidade, mobilidade, coordenação motora. Nao podemos deixar de citar a importância dos treinos específicos para o sistema sensório motor (vestibular, proprioceptivo e visual), os quais auxiliam no controle das funções do sistema músculo esquelético.
Vale ressaltar que, conforme os achados nos estudos atuais, simplesmente aumentar a força muscular do idoso, não irá melhorar o desempenho das AVD. Assim se faz necessário um treinamento funcional específico, ou seja, treinar as atividades ou funções realizadas rotineiramente pelos idosos de forma sistematizada e orientada. Tal treino demonstra ser mais eficaz para a autonomia e independência desta população, além de contribuir na melhora da força muscular global, na marcha e no equilíbrio.
Além dos fatores biológicos, fisiológicos e psicológicos que afetam a saúde e autonomia funcional, os fatores sociais e ambientais também comprometem a qualidade de vida dos idosos e, por isso, o estímulo à adoção de um estilo de vida ativo, por si só, legitima a prática regular de exercícios físicos.
Fisiologicamente, o processo de envelhecimento não ocorre paralelamente ao avanço da idade cronológica, pois apresenta considerável variação ocasionada pelo estilo de vida do indivíduo. O modo de envelhecer produz efeitos deletérios diferentes de um indivíduo para outro, dependendo de suas circunstâncias históricas, culturais, genéticas e ambientais.
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